sábado, 23 de abril de 2011

Cara

Estou aqui, sentado, desocupado e nostálgico. Me peguei vasculhando nossas conversas antigas e me surpreendendo com a maneira como éramos. Qualquer um que visse o que estou lendo agora acharia muito piegas os acontecimentos rotineiros e as birras sem sentido...

Pra nós, tudo era tão intenso e verdadeiro. As coisas simples do dia-a-dia eram expressas com um sarcarsmo inocente, você sabia como manter meu interesse. Se por algum motivo, ou não, as coisas saíssem de controle e eu me sentisse ofendido, bastava uma palavra ou um simples símbolo para que você me tivesse de volta, por completo. E não me arrependo disso, era recíproco. Tantas coisas tive que ouvir... Outras tive que aguentar, baseado no respeito aos meus sentimentos. Sentimentos tão únicos que faziam o destrato mútuo tornar-se engraçado.

Duas pessoas tão incríveis e apaixonadas, não sabiam mais como expressar tamanha admiração, que achavam no menosprezo inocente uma maneira engraçada de elogiar. Fui feio, sabendo que você olhava pra mim e via uma beleza além da exterior... Fui fedorento, enquanto você não conseguia esquecer as lembranças do meu perfume... Fui egoísta, pois você sabia que eu te colocava sempre em primeiro plano.
Infelizmente, cumpriu-se nosso ciclo. Não haverão mais piadas com o erótico, nem com o romântico. Muito menos, previsões sobre nosso futuro. Pelo menos, uma coisa é fato: perdi o medo, já posso dizer. Uma dor surpresa fez isso.

Posso falar? Eu te amei, daquele jeito. E, olha: Eu te amo, desse jeito. Do jeito que entende o que você pode estar pensando agora e acha importante que nosso sentimento não tenha sido em vão. E preza pela sua presença.

Você não pode sumir da minha vida, cara, eu preciso que você esteja aqui.